A preocupação com as contas do governo federal ultrapassou os limites de Brasília e já chegou aos estados. Esta semana, o Sistema Fecomércio-ES – Sesc e Senac, alinhado à Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), manifestou profunda preocupação com o crescimento desenfreado da dívida pública no país e os seus impactos negativos no Produto Interno Bruto (PIB).
Em apoio à iniciativa da CNC, o Sistema defende a urgência de soluções com base em uma reforma administrativa, que visam a redução do endividamento nacional para promover o desenvolvimento sustentável do país.
Estudo recente da CNC aponta que para cada ponto percentual de aumento na relação dívida/PIB há uma perda anual de cerca de R$ 1,3 bilhão para a economia brasileira. Esse aumento compromete significativamente a capacidade de investimento do setor privado, eleva os custos de crédito e reduz a competitividade nacional.
Sem medidas estruturais eficazes, como uma reforma administrativa, estima-se que o prejuízo acumulado possa superar R$ 1,375 trilhão ao longo de cinco décadas, ameaçando a sustentabilidade de inúmeros negócios no país, o que se faz a necessidade crítica de intervenção para evitar um agravamento da situação fiscal.
Caso não sejam implementadas reformas estruturais significativas, a dívida pública poderá atingir até 100% do PIB até 2033, de acordo com levantamento da CNC. Isso não apenas aumentará os custos de financiamento, mas também limitará os investimentos em áreas essenciais como infraestrutura, saúde e educação, pilares fundamentais para a competitividade global das empresas brasileiras.
O desequilíbrio das contas públicas poderia exigir um aumento substancial na carga tributária, estimado em até 9% do PIB, o que inevitavelmente comprometeria a capacidade de crescimento do setor privado, desestimularia novos investimentos e afastaria potenciais investidores estrangeiros.
O histórico dos últimos anos demonstra um crescimento significativo da dívida pública, que saltou de 45,3% do PIB em 2008 para 77,8% em 2023, evidenciando uma trajetória preocupante. Diante desse cenário, o Sistema Fecomércio-ES – Sesc e Senac e a CNC reforçam a importância da reforma administrativa como uma medida para reverter a atual tendência de estagnação econômica e pressão fiscal.
A CNC estima que a implementação da reforma poderia gerar uma economia de R$ 330 bilhões ao longo de 10 anos, além de atrair novos investimentos através de privatizações e concessões, impulsionando assim o desenvolvimento econômico brasileiro.
Fonte: Fecomércio-ES