Completou 50 anos, na última terça-feira (04), o hospital de Jerônimo Monteiro (Unidade Integrada). Inaugurado em 1974 e gerida pela Secretaria da Saúde (Sesa), o hospital se consolidou como referência em diferentes serviços, como manejo de pé diabético, cuidados paliativos e internação de longa permanência, para os 26 municípios da região sul.
Instituição de média complexidade, o hospital conta com especialidades clínicas em clínica médica, infectologia e pronto socorro, além de especialidades cirúrgicas em bucomaxilo, cirurgia geral, cirurgia vascular, ortopedia (mão, pé, joelho e ombro), urologia e ginecologia. Conta ainda com as seguintes especialidades ambulatoriais: bucomaxilo, cardiologia adulto e pediatria, cirurgia geral, cirurgia vascular, ginecologia, ortopedia, urologia e infectologia.
A unidade também oferta leitos de retaguarda para hospitais de maior complexidade da rede, por meio da Central de Regulação de Vagas, otimizando o giro de leitos nesses hospitais e a absorção de pacientes das Unidades de Pronto Atendimento que demandem internação hospitalar.
“Ao longo desses 50 anos dedicados aos cidadãos de Jerônimo Monteiro e região, o hospital ressalta sua importância na oferta de cirurgias, consultas, exames e demais atendimentos clínicos. Parabéns à gestão, a todos os seus colaboradores e, sobretudo, à população beneficiada por seus serviços”, destacou o secretário de Estado da Saúde, Miguel Duarte, durante visita à unidade, nessa terça-feira (04).
Somente neste ano, até meados de maio, a UIJM realizou 13.574 consultas em pronto-socorro geral, 2.513 consultas especializadas ambulatoriais e 597 cirurgias eletivas. No ano anterior, foram 26.009 consultas em pronto-socorro, 6.467 consultas ambulatoriais e 1.490 cirurgias.
“A organização do hospital é um ponto que nos impressiona positivamente. Estamos felizes com o fato de a unidade se afirmar, cada vez mais, como referência regional”, acrescentou o subsecretário de Atenção à Saúde, Tadeu Marino, que acompanhou o secretário de Saúde na agenda.
A Unidade Integrada de Jerônimo Monteiro está incluída no plano de reestruturação das unidades da rede estadual. Nos últimos quatro anos, ela foi contemplada com uma série de intervenções, que viabilizaram, por exemplo, 100% de aumento no número de leitos de internação. Atualmente, são 50 leitos.
Referência em cirurgia de pé torto congênito
Entre os procedimentos cirúrgicos da unidade, destaca-se o de Pé Torto Congênito (PTC), que é realizado, desde 2006, em pacientes entre dois meses e 14 anos de idade. O hospital é o único a oferecer o procedimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) capixaba na região sul.
Até antes de sua implementação, esse atendimento era oferecido apenas na Região Metropolitana de Saúde, assim como acontecia com a aplicação de palivizumabe (anticorpo para prevenção do Vírus Sincicial Respiratório, um dos principais agentes causadores de infecções respiratórias agudas em crianças), que começou na unidade em 2016 e é indicado para bebês prematuros.
As cirurgias ortopédicas de PTC são de média complexidade, e os atendimentos são feitos por uma equipe formada por médico ortopedista e técnicos de imobilização ortopédica. O Pé Torto Congênito é uma deformidade dos pés que, normalmente, é diagnosticada pelo médico pediatra ou ortopedista logo ao nascimento ou, em alguns casos, até antes do nascimento, durante o acompanhamento de pré-natal, através do ultrassom.
O tratamento deve ser iniciado o mais precoce possível. Assim, já nos primeiros meses de vida as crianças chegam para a realização destes procedimentos. O acesso ao serviço do tratamento do hospital acontece via sistema de regulação da Sesa. O médico da Estratégia de Saúde da Família (ESF) do município, após avaliação do paciente, o cadastra no sistema para consulta com o especialista.
“Ao encurtar e facilitar o acesso da população local a atendimentos antes centralizados em outras regiões, o hospital busca se manter alinhado à política estadual de regionalização da saúde, reforçada hoje pela Sesa”, ressalta a diretora-geral da Unidade Integrada de Jeronimo Monteiro, Márcia Cravo.