Apurando denúncias de um possível torneio ilegal de aves silvestres, o Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) se uniu com o Batalhão da Polícia Militar Ambiental (BPMA), e ao serviço de inteligência da Polícia Militar para uma ação de fiscalização. A operação ocorreu no último domingo (10) em Duas Barras, município de Iconha (ES), sendo organizada pela Coordenação de Fauna (CFAU) do Instituto.
Ao chegarem no local indicado, a equipe constatou que os participantes do torneio haviam se retirado antes da chegada do reforço policial, levando consigo a maioria das aves que estavam envolvidas na competição. Entretanto, quatro aves foram apreendidas no local: dois trinca-ferro machos e um casal de coleiros, sendo o macho encontrado sem anilha e escondido atrás de uma porta, indicando estar escondido para um resgate posterior.
Durante a operação, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) prestou apoio e encontrou outras aves silvestres em veículos próximos ao local do evento. As características das gaiolas, as placas de identificação e a presença de fêmeas junto a machos sugeriam que as aves poderiam pertencer a participantes de torneios.
Cosme Carvalho, coordenador de Fauna do Iema, afirmou que a operação foi planejada com o intuito de reforçar o cumprimento da legislação ambiental e o compromisso do Instituto com os criadores amadores de passeriformes que seguem as normas da Instrução Normativa (IN) Iema 006/2017. “Reforçamos nosso empenho na preservação ambiental e na conscientização da população sobre a importância de proteger a fauna capixaba. Continuaremos com novas operações na região para fortalecer essa missão”, disse Cosme.
Durante a fiscalização, os agentes orientaram cidadãos presentes sobre os processos de regularização para a criação de animais silvestres, ressaltando a importância de adquirir esses animais apenas de criadores comerciais devidamente registrados, com as autorizações necessárias. Denúncias podem ser realizadas presencialmente no Protocolo Geral do Iema ou de forma digital, na seção “Denúncias” do site do Instituto.