Internos do Projeto Costurando o Futuro, desenvolvido pela Secretaria da Justiça (Sejus), produziram 415 camisas para a Feira ArteSanto a pedido da Agência de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas e do Empreendedorismo (Aderes). As camisas foram usadas por expositores e equipe de organização da feira, realizada entre os dias 06 e 14 deste mês.
O projeto é desenvolvido na Penitenciária Estadual de Vila Velha 1, no Complexo de Xuri, onde detentos fabricam uniformes e lençóis utilizados no sistema prisional do Estado. Foram os internos os responsáveis pela produção das camisas da ArteSanto, incluindo corte, costura e serigrafia com a arte do evento e logomarcas dos organizadores. A Aderes doou as malhas nas cores branco e preto, desenvolveu o layout das peças e custeou a mão de obra.
A subsecretária de Estado de Ressocialização da Sejus, Regiane Kieper, explicou que esta é a primeira experiência comercial do projeto. “Os internos do ‘Costurando o Futuro’ receberam capacitação profissional para na área de corte e costura e atuam na fábrica que produz todo o uniforme usado pelo sistema prisional. A qualidade do nosso produto não perde para fábricas de costura comerciais. Os internos que atuam no projeto são preparados para o mercado de trabalho, o que resultou em uma ótima parceria junto à Aderes”, ressaltou Regiane Kieper.
Para o diretor-presidente da Aderes, Alberto Farias Gavini Filho, o trabalho realizado pelos internos do Costurando o Futuro foi feito com muita qualidade. “A missão da Aderes é de elaborar políticas públicas que estimulem o desenvolvimento do Espírito Santo a partir dos pequenos negócios. E eu vejo nesse trabalho realizado, futuros empreendedores. Quando os internos estiverem em liberdade vão poder empreender, ter seu próprio negócio e gerar trabalho e renda na sua comunidade”, disse o diretor-presidente da Aderes.
O diretor técnico da Aderes, Hugo Tofoli, disse que a confecção de camisas para os expositores que trabalham nas feiras apoiadas pela Aderes e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) vai além da geração de renda para a família desses internos, passa pelo empreendedorismo e sua ressocialização.
“Os internos estão se aperfeiçoando em um ofício e a partir do momento do cumprimento de suas penas, vão poder voltar para a sociedade com a oportunidade de criar um novo negócio e a Aderes vai contribuir para que isso aconteça. Já fizemos um primeiro pedido, mas diante da qualidade do trabalho apresentado, poderemos firmar novas parcerias, sem sombra de dúvida”, afirmou Hugo Tofoli.