Um abrigo de idosos, que funcionava de forma “clandestina”, no balneário de Itaipava, em Itapemirim, foi alvo de uma operação da Polícia Civil na manhã desta quinta-feira (19). A operação resultou na detenção do casal responsável pelo abrigo e na remoção dos internos para a casa de parentes ou instituições legalizadas. Também participaram a Guarda Municipal e a Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania, além da Secretaria Municipal de Saúde.
O caso veio à tona na segunda-feira (16) após uma denúncia feita à Vigilância Sanitária do município sobre o funcionamento ilegal do asilo. Servidores do órgão foram ao local, mas, segundo informaram, foram impedidos de entrar. A proprietária alegou que o imóvel era alugado para veraneio.
As suspeitas da Vigilância Sanitária aumentaram ao tomar conhecimento de que um paciente residente no asilo foi fazer um curativo na unidade de saúde do bairro. Ele informou aos enfermeiros que estava em uma “casa de terapia”. Diante disso, nesta quarta-feira (18), a Vigilância voltou ao local com a enfermeira e o médico da unidade, mas novamente não foram recebidos.
Nesta quinta–feira, ao chegar ao abrigo, os policiais e demais participantes da operação identificaram que a situação dos idosos residentes no abrigo era precária. Segundo o delegado Djalma Lemos, que estava à frente da operação, a casa contava com 12 internos, entre eles, idosos, dependentes químicos, e pessoas com problemas psiquiátricos. Destes, 11 homens e uma mulher.
O delegado informou ainda que a mulher detida ficava com alguns cartões e recebia transferência de dinheiro de familiares dos pacientes. Foi constatado também que, apesar de haver comida insuficiente na cozinha para o número de pessoas que residia na casa, o abrigo não contava com serviços médicos, enfermaria, cozinheira e segurança.