Mulheres das regiões Serrana e Sul do Estado têm vencido o preconceito e ganharam destaque no ambiente considerado masculino, que é a vida no campo, e assumem o protagonismo nas lavouras, agroindústrias, cooperativas rurais e em projetos do Governo criados somente para elas.
Na comunidade de Taquarussu, interior de Vargem Alta, mãe e filha trabalham juntas nos cafezais da família. Enquanto a filha, Karina Pizzol Pasti, de 23 anos, cuida das questões administrativas do sítio, Margarete das Graças Pizzol, 53, acorda cedo para adubar, colher e secar os grãos que, em 2021, foram selecionados para etapa final da 4ª Edição do Concurso Florada, organizado pela Associação Brasileira de Cafés Especiais em conjunto com a empresa 3 Corações S.A, que é exclusivo para mulheres.
“Costumo dizer que realizando o trabalho com amor e Deus, é o que dá o sabor. Trabalhar com amor, que é a nossa força, é o que nos move”, disse Margarete, que trabalha com café especial desde 2005, produzindo a variedade Catuaí Vermelho.
E quando o assunto é o destaque feminino no campo, a produtora rural defende o gênero. “Cafeicultoras desempenham um papel fundamental na produção, em especial, no café de qualidade, que exige delicadeza. É necessário trabalhar a partir da troca de experiências entre os sexos, onde cada parte contribui para o crescimento de todos”.