Conforme o médico-legista Thales Bittencourt de Barcelos, todos faleceram devido ao choque da aeronave com o solo
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) confirmou nesta quinta-feira, 25, que os envolvidos em acidente de avião do último dia 5, incluindo a cantora Marília Mendonça, morreram de politraumatismo contuso. Detalhes do laudo do Instituto Médico Legal (IML) e do andamento das investigações foram apresentados em coletiva de imprensa.
Além de Marília, estavam no avião o piloto, Geraldo Medeiros; o copiloto, Tarciso Viana; o produtor Henrique Ribeiro; e o tio e assessor de Marília, Abicieli Silveira Dias Filho. Conforme o médico-legista Thales Bittencourt de Barcelos, todos faleceram devido ao choque da aeronave com o solo. Politraumatismo configura duas ou mais lesões causadas por forças externas de natureza externa.
O acidente: Polícia tem duas linhas de investigação
Segundo revelou a PCMG, um piloto que pousou 20 minutos após o acidente afirmou não ter ouvido por rádio a existência de qualquer problema na aeronave em que Marília estava. A declaração foi feita à Polícia Civil e detalhada na coletiva de imprensa. O piloto saiu de Viçosa, no interior mineiro, para o aeroporto de Caratinga, próximo ao local do acidente aéreo. Ele diz ter se comunicado com o avião de Marília e nenhuma anormalidade técnica foi reportada.
O delegado Ivan Lopes Sales relatou que o avião da cantora estava em procedimento de pouso quando a testemunha entrou em contato. Nesse cenário, a PCMG trabalha com duas linhas de investigação para explicar a queda da aeronave: a primeira apresenta a hipótese de que linhas de transmissão de uma torre da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) foram responsáveis; na segunda, estuda-se a possibilidade de uma pane nos motores do veículo.
Uma investigação sobre as torres de transmissão da Cemig está sendo feita pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG), disse o delegado. O cenário da segunda linha de investigação, paralelamente, depende de uma investigação paralela do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).
Andamento das investigações
Após instaurar procedimento um dia após o acidente aéreo, o Ministério Público Federal (MPF) em Minas Gerais segue acompanhando as investigações da ocorrência. O órgão enviou um ofício ao 3º Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa) solicitando o envio do relatório final do acidente, do qual será possível decidir a adoção de medidas cabíveis.
A possibilidade de um elemento físico que confirme a existência de riscos ao tráfego aéreo deve ser imediatamente avisada ao MPF, mesmo que as investigações não sejam finalizadas. Com informações site opovo.