O senador Marcos do Val (Podemos) teve suas contas bloqueadas em R$ 50 milhões pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), por ter feito novos ataques ao Poder Judiciário e ao ministro.
A decisão, adotada nessa segunda-feira (12), também volta a bloquear o perfil do Instagram do senador, após três meses de restabelecimento de suas redes sociais, que retornaram com postagens ofensivas e ameaçadoras.
Em uma das publicações mais recentes, Marcos do Val afirma que “o cerco está se fechando contra Moraes” e que pretendia levar o caso a tribunais internacionais”. O senador também postou, segundo mostrou a imprensa nacional, uma montagem com uma foto do ministro com chifres em frente a uma Constituição ensanguentada, além de compartilhar uma outra montagem de Moraes com roupas usadas por presidiários.
O senador disse que não tem essa quantia e pediu ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que intervenha no caso. Em nota no X, antigo Twitter, acrescentou que “o bloqueio da verba indenizatória, essencial para o exercício de suas funções, impede a realização das atividades do mandato, como a locomoção para Brasília e o pagamento das despesas de gabinete, tanto na Capital quanto na base regional”.
O senador também acusa o ministro de abuso de autoridade” e reforça: “O que estamos vivendo é uma flagrante contravenção e um desrespeito não só à minha pessoa, mas a todo o Senado Federal, que está sendo desmoralizado por uma medida arbitrária que viola o princípio da dignidade humana e a imunidade parlamentar”.
As contas do senador foram suspensas em junho de 2023, devido a ataques ao Supremo e, no mesmo mês, ele foi alvo de operações da Polícia Federal (PF) para investigar prática de atos antidemocráticos, sendo acusado de obstruir investigações dos atos de 8 de janeiro de 2023. Ele passou a ser investigado pelos crimes de divulgação de documento confidencial, associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.
O senador disse em entrevistas que teve uma reunião para discutir um plano de golpe de Estado com o ex-deputado federal Daniel Silveira, que está preso, e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), tornado inelegível e ameaçado de prisão, que depende de uma denúncia do procurador-geral da República, Paulo Gonet.
Fonte: Século Diário