Os dois roubos geraram um prejuízo de R$ 6 mil reais ao comerciante
A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio da Delegacia Especializada em Investigações Criminais (Deic) de Cachoeiro de Itapemirim-ES, identificou, na manhã desta quarta-feira (30), os autores de dois roubos praticados em uma clínica de ortopedia, localizada no município de Cachoeiro de Itapemirim.
A ação faz parte da incessante Operação Salvo-Conduto, que visa a proporcionar segurança e tranquilidade aos comerciantes e moradores do município, por meio da identificação, localização e prisão dos responsáveis por crimes patrimoniais na zona urbana e rural de Cachoeiro de Itapemirim.
Os crimes ocorreram nos dias 09 e 18 de agosto, em uma clínica de ortopedia localizada no bairro Gilberto Machado, no município. Na ocasião, dois homens, de 21 e 26 anos, utilizando o mesmo modus operandi, adentraram a recepção do setor de fisioterapia da clínica e, sob o pretexto de pedir um copo d’água à recepcionista, anunciaram o assalto. Pelas imagens obtidas durante a investigação, os suspeitos aparentavam estar portando uma arma de fogo.
“Um dos assaltantes já havia estado na clínica anteriormente, acompanhando um primo que seria cuidador de um paciente idoso, e sabia em qual gaveta o dinheiro do caixa estava guardado. Com essa informação prévia, os suspeitos se dirigiram diretamente a esta gaveta e subtraíram uma quantia de, aproximadamente, R$ 4 mil na primeira ação e R$ 2 mil na ação subsequente”, disse o titular da Delegacia Especializada em Investigações Criminais de Cachoeiro de Itapemirim, delegado Rafael Amaral.
Os investigadores da Deic de Cachoeiro de Itapemirim imediatamente deram início às investigações e identificaram os criminosos. Segundo a apuração, os suspeitos residiam na zona rural do município. “Eles estavam escondidos na casa da irmã de um deles, no bairro São Luiz Gonzaga. Lá, foram encontrados nesta manhã e conduzidos à delegacia. Na residência, foi apreendida as roupas utilizadas por ambos nos roubos”, disse o delegado Rafael Amaral.
Segundo ele. os dois autores foram ouvidos, confessaram os roubos e foram liberados por não terem sido pegos em flagrante. A Polícia Civil esclarece que a legislação brasileira estabelece que a prisão de suspeitos só deve ocorrer em situações de flagrante delito ou mediante mandado de prisão em aberto. No caso em tela, não se configurou nenhuma das duas situações. Desta forma, o depoimento foi coletado na Delegacia e os suspeitos liberados neste primeiro momento.
“Os envolvidos já têm passagens por diversos crimes, como tráfico de drogas, roubo, receptação e violência contra a mulher. Agora, vão responder pelo crime de roubo, cuja pena varia de 04 a 10 anos de reclusão”, contou Rafael Amaral.
O delegado ressaltou a importância da continuidade da Operação Salvo-Conduto e da colaboração da população, com informações e denúncias que possam auxiliar a polícia na identificação e localização dos criminosos.
“A operação tem apresentado resultados e contribuído para a redução dos crimes contra o patrimônio, proporcionando mais segurança, especialmente ao comércio local. A Polícia Civil nunca esteve tão próxima da população como atualmente. É essa proximidade que nos dá apoio para desempenhar nosso trabalho de maneira mais eficiente, principalmente com a colaboração da população por meio de informações sobre os acontecimentos e os envolvidos, utilizando canais, como o Disque-Denúncia 181″, acrescentou Amaral.
Operação Salvo-Conduto
Diante da revolução do setor comercial na Europa, durante a Idade Média, iniciada no século XI, foram implementadas algumas ações que visavam a dar mais segurança aos “mercatores” (comerciantes), o que motivou os “senhores” da época a criarem o “Salvo-Conduto”, que nada mais era do que conceder a “paz do mercado” ou “paz da feira”, coibindo crimes e transgressões das mais diversas. Essa política foi habilmente seguida pelos condes de Champanhe, que também se serviram do “salvo-conduto” e dos guardas das feiras para garantir o sucesso e o bom funcionamento do comércio.