A cerimônia de abertura da Paralimpíada de Tóquio, no Japão, acontecerá nesta terça-feira (24), marcando o início de mais uma edição dos Jogos Paralímpicos. O Espírito Santo, entre capixabas de nascimento ou por “adoção”, terá quatro representantes buscando medalhas na Terra do Sol Nascente: Daniel Mendes (atletismo), Luiza Fiorese (vôlei sentado), Mariana Gesteira (natação) e Patrícia Pereira dos Santos (natação).
Todos eles receberam apoio ou homenagem da Secretaria de Esportes e Lazer (Sesport), durante trajetórias esportivas, seja por meio do programa Bolsa Atleta, utilizando o Centro de Treinamento Jayme Navarro de Carvalho, localizado na sede da Sesport, em Bento Ferreira, Vitória; disputando os Jogos Escolares ou tendo o nome estampado na Calçada da Fama. Confira abaixo um pouco da história de cada um:
Daniel Mendes (atletismo)
Natural de Nova Venécia-ES, mas residindo atualmente em São Paulo, Daniel Mendes é deficiente visual e já conquistou três medalhas em Paralimpíadas: ouro (4x100m T11-13) e bronze (200m), no Rio, em 2016, e prata (200m), em Londres, 2012. Além disso, é recordista mundial na classe T11. Por todos estes feitos, o velocista foi homenageado com uma estrela na Calçada da Fama da Sesport, localizada no Centro de Treinamento Jayme Navarro de Carvalho.
Luiza Fiorese (vôlei sentado)
Nascida em Venda Nova do Imigrante-ES, Luiza Fiorese atualmente joga pelo ADAP, de Goiânia, Goiás. Nos tempos em que morava no Estado, Luiza Fiorese chegou a disputar os Jogos Escolares do Espírito Santo (JEES), mas praticando handebol, até que, aos 15 anos de idade, recebeu o diagnóstico de um osteossarcoma (tipo de câncer ósseo). Após abandonar o esporte, já que teve que substituir parte dos ossos da pena por uma endoprótese, ela acabou descobrindo o vôlei sentado, modalidade que pratica há pouco mais de dois anos apenas e já se tornou destaque.
Mariana Gesteira (natação)
Carioca e portadora da síndrome de Arnold-Chiari, uma malformação congênita que acomete o sistema nervoso e provoca dificuldade de equilíbrio, Mariana Gesteira se mudou para o Espírito Santo, em setembro do ano passado, para realizar seus treinamentos no Clube Álvares Cabral e na academia da Sesport, sob as orientações do personal Erich Chiabai e do professor Leonardo Miglinas. Tóquio será sua segunda Paralimpíada. No Rio, em 2016, Mariana Gesteira foi finalista em quatro provas. Além disso, a nadadora também conquistou oito medalhas em parapanamericanos e é a atual campeã e recordista brasileira nas provas de 50m livre, 100m livre, 100m costas e 200m medley, pela Classe S10.
Patrícia Pereira dos Santos (natação)
Contemplada pelo programa Bolsa Atleta, Patrícia Pereira dos Santos conquistou a medalha de prata na Paralimpíada do Rio, em 2016, na prova dos 4x50m livre, integrando o grupo com duas lendas da natação paralímpica brasileira, Clodoaldo Silva e Daniel Dias. Tetraplégica e moradora de Cariacica, a nadadora fez quase todo o ciclo do Rio até Tóquio treinando pelo Clube Álvares Cabral, mas, recentemente, se transferiu para a equipe Naurú, de Indaiatuba, São Paulo, onde finalizou a preparação rumo ao Japão.