A importação de carros, principalmente os elétricos, promete continuar movimentando os portos capixabas neste segundo semestre de 2024. De acordo com o vice-presidente da Comexport, Rodrigo Teixeira, a previsão da maior empresa de comércio exterior do Brasil é receber 100 mil veículos pelos portos capixabas entre agosto e dezembro de 2024.
“A expectativa é não só continuar com o volume de importação que a gente teve no primeiro semestre de 2024 como ampliar. Além de fazer a importação, queremos agregar cada vez mais valor aos produtos importados no Espírito Santo com instalação de acessórios e preparação dos produtos para distribuir para o Brasil, o que requer cada vez mais mão de obra qualificada”, afirmou.
A empresa registrou um aumento de importação nos dois últimos meses do primeiro semestre (maio e junho) por conta do aumento do imposto de importação do veículo elétrico. “Neste segundo semestre, nós teremos um desempenho de importação maior do que foi registrado nos quatro primeiros meses do ano”, disse o executivo que esteve presente à inauguração do Centro de Excelência em Mobilidade do Senai-ES, que vai formar mecânicos para motores elétricos e híbridos.
Na avaliação de Teixeira, o Espírito Santo tem estruturas logísticas extremamente qualificadas, representa a principal porta de acesso dos veículos ao mercado brasileiro e não depende única e exclusivamente da questão tributária. “É muito mais a eficiência logística do Estado”, disse.
Os portos do Espírito Santo recebem veículos de diferentes origens. Somente a Comexport importou 200 mil carros no primeiro semestre de 2024. Como as montadoras chinesas têm crescido significativamente, a maioria dos carros é procedente do país asiático.
Além dos veículos, a Comexport também importa outros produtos. “O carro, obviamente, é um item importante nas nossas operações, mas além dos carros, nós trazemos quase todos os produtos pelos portos do Espírito Santo (alimentos, bebidas, informática, medicamentos, cosméticos, entre outros)”, disse o vice-presidente da Comexport.
Sobre as dificuldades relatadas por alguns setores, como o de rochas e o de café, para exportar pelos portos capixabas, Teixeira comentou que “os desafios logísticos existem no Brasil inteiro. Em praticamente todas as regiões nós temos dificuldades com estrutura portuária. Não é diferente no Espírito Santo. Mas com criatividade e investimento a gente tem conseguido superar esses desafios”. fonte: site esbrasil