O projeto “Colhendo frutos e plantando sementes”, que vai resgatar as memórias dos 13 anos do Teatro do Oprimido no estado, estreia nesta quinta-feira (19), às 19h, com o seu primeiro encontro virtual, que será uma live transmitida pelo instagram www.instagram.com/teatrodooprimidoes/
Com o tema “Memórias e experiências com Teatro do Oprimido: uma relação entre Stanislavski, Brecht e Boal”, André Loureiro vai falar sobre as suas experiências principalmente como Educador Social de Teatro, no município de Serra, onde ele trabalha com um público de crianças e adolescentes de 6 a 15 anos. A mediação do bate-papo fica por conta da Aidê Malanquini, que também é a idealizadora do projeto.
Este primeiro debate faz parte de um ciclo de lives que vão abordar diversos temas que atravessam as experiências e os afetos de quatro multiplicadores do método. Com a participação dos educadores e artistas Jaqueline Loureiro, Willian Berger, André Loureiro e Aidê Malanquini, as conversas vão passar, principalmente, pelas suas experiências pessoais como o trabalho desse método teatral com crianças, com comunidades do interior e indígenas, com os movimentos sociais, entre outros.
O projeto é um desdobramento das atividades do “Teatro do Oprimido na prevenção a violência e a criminalidade”, desenvolvido por meio de uma parceria entre o Consórcio de Prevenção “Sou pela Vida” da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social-SESP e o Centro de Teatro do Oprimido/RJ, que aconteceu em 2008.
“Treze anos depois, queremos compreender quais foram os resultados e afetos que o Teatro do Oprimido deixou nos artistas capixabas que participaram e se tornaram multiplicadores. E a partir desses debates, criar um registro dessa memória”, explica Aidê Malanquini.
Além dos debates, que ficaram salvos nas redes sociais do projeto, a equipe também irá produzir um livro com artigos de diversos convidados e convidadas. A obra impressa é mais uma forma de manter viva a memória do Teatro do Oprimido no Espírito Santo e fomentar novas experiências com o método.
O projeto “13 anos do Teatro do Oprimido no Espírito Santo: colhendo frutos e plantando sementes” conta com apoio da Lei Aldir Blanc por meio da Secretaria do Estado de Cultura do Espírito Santo.
Sobre o teatro do Oprimido:
Criado pelo dramaturgo Augusto Boal nos anos 1970, o Teatro do Oprimido é um método cênico-pedagógico que se utiliza do teatro como ferramenta de trabalho político, social, ético e estético, contribuindo para a transformação social.
Esta forma de trabalhar o teatro reúne exercícios, jogos e métodos com o objetivo de democratizar os meios de produção teatral e dar protagonismo para as pessoas das camadas sociais menos favorecidas da sociedade.
Confira as datas e os temas das lives:
19/08 – 19h – LIVE 1 – “Memórias e experiências com Teatro do Oprimido: uma relação entre Stanislavski, Brecht e Boal”
26/08 – 19h – LIVE 2 – “Possibilidades de nós no outro: relatos sobre o uso da estética do oprimido”
02/09 – 19h – LIVE 3 – “Teatro do Oprimido com povos e comunidades tradicionais no Espírito Santo: experiências com os Tupiniquim e os Pomeranos”
09/09 – 19h – LIVE 4 – “Luta e resistência: Teatro do Oprimido e os movimentos sociais”