Empresários podem investir em avanços tecnológicos e em diversificação do portfolio para aumento da produtividade e avanço no mercado
A indústria de mármore e granito é uma das mais relevantes da economia capixaba, representando cerca de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) do Espírito Santo, e com reflexos nas atividades de exportação e indústria mecânica.
Para que os empresários possam aumentar a capacidade produtiva, investir em automação da produção e na aquisição de máquinas e equipamentos especializados, o Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes) tem linhas de crédito direcionadas ao segmento, com atendimento exclusivo no banco.
Para embasar as análises de projetos de financiamentos, a equipe técnica do Bandes produziu o estudo “Rochas Ornamentais no ES: Principais informações sobre a competitividade do setor e as possibilidades de apoio do Bandes”. O documento mostra que das liberações do banco no ano de 2019, 60% têm como motivo a modernização, 37% foram direcionados para capital de giro e outros 3% para expansão de empresas.
Comparativamente, o valor aprovado no primeiro semestre de 2019 representa 74,3% de todo o crédito liberado para o setor em 2018 e já ultrapassa os anos anteriores. Tal avanço pode indicar melhora da confiança de investidores do setor acerca de suas expectativas do mercado consumidor. Esse avanço pode indicar melhora da confiança de investidores do setor acerca de suas expectativas do mercado consumidor.
Você conhece o segmento de rochas?
O estudo também esclarece algumas características do arranjo produtivo de rochas ornamentais. A atividade é exercida de norte a sul do Espírito Santo. O segmento de rochas ornamentais (mármore e granito) é organizado em dois núcleos, que abrigam a maioria das empresas extratoras e beneficiadoras: Cachoeiro de Itapemirim, no sul, e Nova Venécia, na região norte capixaba.
A cadeia produtiva envolve diferentes etapas: a lavra, ou seja, a extração dos blocos nas pedreiras; o beneficiamento primário, que consiste no desdobramento dos blocos em chapas; e beneficiamento secundário, que trata do polimento das chapas e da elaboração de produtos finais. Esses constituem os elos principais da cadeia produtiva, complementada por uma indústria de bens de capital e de fornecedores de insumos e serviços.
Para a ampliação, a modernização e a implantação de diferentes modelos de negócio com foco no arranjo produtivo local de rochas ornamentais, o Bandes tem linhas de crédito disponíveis com condições operacionais adequadas às características da atividade. Os recursos direcionados ao setor possibilitam impacto positivo na economia capixaba, com a geração de renda e competividade. Entre as principais linhas de financiamento estão as direcionadas à implantação de práticas sustentáveis, como geração de energia e reaproveitamento de resíduos, aquisição de máquinas e desenvolvimento de tecnologias inovadoras.
Ainda de acordo com o estudo desenvolvido pelo Bandes, o setor de rochas é constituído, principalmente por microempresas, que representam 84,1% do total. Em relação aos empregos formais, 40,1% dos trabalhadores estão em microempresas e 59,9% em pequenas e médias empresas, demonstrando a importância do segmento para a geração de emprego e renda.