Desde as 20h00 da noite de domingo (24), o nível do rio Itapemirim está estável na região que corta Cachoeiro de Itapemirim. A última medição da Defesa Civil Muniucipal indica que o rio permanece cerca de um metro acima do normal, tornando suas correntezas ainda muito fortes e traiçoeiras.
A força das águas leva risco à população ribeirinha, especialmente aquelas pessoas que utilizam o rio para a prática da pesca no período de enchente, quando algumas espécies de peixe sobem o rio para se reproduzir. Segundo o coordenador da Defesa Civil de Cachoeiro, coronel Francisco Inácio Daróz, é um momento de muita atenção, onde as pessoas podem ser enganadas pela falsa sensação de segurança.
“Existem locais onde a correnteza puxa as pessoas para debaixo das pedras, causando o afogamento. Há casos em que o anzol ou a tarrafa agarram e os pescadores entram na água para soltá-los, colocando a própria vida em perigo”, alerou Darós.
Popularmente chamados de “sumidouros”, estes locais são responsáveis por grande parte das mortes de pessoas que utilizam o rio para tomar banho ou pescar. São muitas as correntes submersas no Itapemirim, inclusive no leito que corta a cidade, onde há grande quantidade de cachoeiros.
Rio deve permanecer estável
No pior momento da cheia, na noite de sábado (23), o Itapemirim chegou a subir 3,9 metros, causando transtornos na região à jusante do centro da cidade, em especial no bairro Coronel Borges, tradicionalmente afetado pelas enchentes. O distrito de Burarama também foi muito castigado.
A partir das 22h00 de sábado (23), as águas começaram a ceder rapidamente, mas a Defesa Civil de Cachoeiro continua monitorando o nível do rio, com informações de toda a bacia hidrográfica do Itapemirim e das barragens e hidrelétricas localizadas em municípios à montante.
Segundo a Prefeitura de Cachoeiro, o município conta ainda com apoio de uma tecnologia do Governo Estadual para monitorar as cheias na cabeceira da bacia com até 12 horas de antecedência.
De acordo com Darós, ainda se espera um pequeno acréscimo no nível do rio com a chegada das águas que caíram na região do Caparaó na noite de ontem (24). “Pelas últimas informações que temos, pode haver uma pequena variação, com o rio subindo um pouco, mas dentro da normalidade”, previu.