A presidente da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO), senadora Rose de Freitas (MDB-ES), indicou grandes possibilidades de destinar no orçamento da União de 2022, cujo projeto de lei tramita na Comissão, recursos da ordem de R$ 120 milhões para novas pesquisas sobre vacinas e medicamentos.
O aceno foi feito em audiência na terça-feira, 28, no Senado, à presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima. As verbas serão aplicadas na construção do Centro NBA-3 Primatas Não Humanos, previsto no programa de desenvolvimento científico e tecnológico da Fiocruz e considerado fundamental para novas pesquisas.
“A Fiocruz, uma referência científica mundial, que tem desempenhado um papel crucial no combate à pandemia da Covid-19, terá todo o apoio da CMO nas suas necessidades de recursos, uma vez que estaremos preservando a vida e a saúde de milhões de brasileiros”, declarou Rose de Freitas.
A Fiocruz explica que pelas semelhanças fisiológicas e bioquímicas com os seres humanos, os macacos são considerados excelentes modelos experimentais em doenças infectocontagiosas. Suscetíveis a inúmeras doenças que acometem o homem, são fundamentais para que o sucesso ou a falha de vacinas e medicamentos possa ser clinicamente avaliado.
A Fundação tem um criatório de macacos, licenciado pelo Ibama, e todos os projetos que realiza com os primatas são previamente submetidos à Comissão de Ética no Uso de Animais da própria Fiocruz.
Nísia Trindade Lima fez a Rose de Freitas um relato rápido das ações da Fiocruz, o maior fornecedor de vacinas contra a Covid-19 ao Plano Nacional de Imunização, destacando haverem sido entregues ao Ministério da Saúde, até agora, 101 milhões de doses.
Informou, ainda, que, a partir de novembro, a Fiocruz inicia a produção de 100 milhões de doses de vacinas com a tecnologia transferida pela empresa biofarmacêutica AstraZeneca. Não necessitará mais, portanto, importar o IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo) usado na produção.