Médica oftalmologista do Hospital de Olhos Vitória explica os motivos do aumento dos casos da doença neste período e dá dicas de como evitar a contaminação
Vermelhidão, coceira e sensação de areia nos olhos. Estes são alguns dos sintomas que vem acompanhada com a chegada do verão e das festas do final de ano. A conjuntivite é uma inflamação na membrana que reveste a parte interna das pálpebras e a parte branca do olho e que, frequentemente, se intensifica durante os meses mais quentes.
Mas afinal, por que isso acontece? De acordo com a médica oftalmologista do Hospital de Olhos Klicia Molina, existem três tipos de conjuntivite: bacteriana, alérgica e viral, sendo que a última é altamente contagiosa nos primeiros dias e a mais comum durante o verão.
“Essa é uma estação de férias e festas, por isso, os lugares costumam ficar muito aglo, o que aumenta as chances de transmissão. Além disso, os mergulhos no mar e piscina que podem estar contaminados com o vírus, também colaboram para a disseminação da infecção para outras pessoas”, ressalta.
A especialista ainda explica que maquiagens vencidas, o cloro nas piscinas, o contato dos protetores solares nos olhos também podem ser agentes de uma conjuntivite química.
“O cloro e certas substâncias presentes nos protetores solares e nas maquiagens, ao entrar em contato direto com os olhos, também podem desencadear uma reação inflamatória na membrana conjuntiva, resultando nos sintomas característicos da conjuntivite”
Por isso, é importante tomar alguns cuidados:
Para as festas de final de ano, é comum o uso da maquiagem. Mas fique atento à validade do produto! “Os olhos podem reagir mal à maquiagem vencida. Além disso, é importante ter cuidado ao passar rímel, lápis e delineador para que não tenham contato direto com o globo ocular”.
A médica alerta: “Mergulhou, fechou os olhos!”. Se necessário, a dica é usar óculos de mergulho para proteger os olhos.
Opte por protetores específicos para rosto e que não saem na água. “Cuidar da pele nesse período é fundamental, mas a saúde ocular não pode ficar de lado. Os protetores específicos para o rosto costumam ser mais seguros para os olhos”, comenta Klicia Molina.
Não compartilhe itens pessoais. “Maquiagens, óculos de sol, toalha de rosto ou travesseiros também são ótimos transmissores da doença, por isso, é importante cada um usar o seu”
Lavar a mão diversas vezes ao dia, evitar coçar os olhos, usar óculos de sol e chapéu também são cuidados importantes.
Diante dos sintomas, a especialista adverte: “É fundamental consultar um oftalmologista para identificar a causa específica, permitindo que o tratamento seja direcionado de maneira adequada com o medicamento mais apropriado para a situação”.
Sintomas:
– Olhos vermelhos e lacrimejantes
– Coceira
– Pálpebras inchadas e grudadas ao acordar
-Sensação de ter areia ou cílios nos olhos
– Sensibilidade com a luz
– Secreção