Atitude mantém a qualidade da água e evita que o reservatório se torne criadouro do mosquito da dengue
Será que a caixa d’água da sua casa ou condomínio está limpa? A recomendação é que a lavagem desse reservatório seja feita a cada seis meses para garantir que a eficiência dos processos da qualidade da água se mantenha. Com esta atitude, pode-se evitar a contaminação da água e riscos à saúde, inclusive ao servir de criadouro para o mosquito Aedes aegypti.
O coordenador de Qualidade, Saúde, Segurança e Meio Ambiente (QSSMA) da BRK em Cachoeiro, Paulo Breda, explica que a água captada para abastecimento passa por várias etapas de tratamento, como coagulação, floculação, decantação, filtragem e desinfecção. A qualidade da água é comprovada por ensaios que atestam o padrão de potabilidade para consumo de acordo com as legislações. Somente em 2021, a concessionária de água e esgoto de Cachoeiro de Itapemirim fez mais de 295 mil análises da água na sede e nos distritos do município.
“A falta de higienização adequada nos reservatórios residenciais pode favorecer a reprodução de microrganismos no local, podendo causar, muitas vezes, problemas à saúde dos moradores. Atualmente, 99,60% dos imóveis da área urbana são atendidos com água de qualidade, no entanto, a manutenção periódica das caixas d’água é fundamental para que essa condição seja mantida até que a água saia pelas torneiras”, afirma Paulo Breda.
Outra consequência da falta de limpeza nas caixas d’água é o entupimento dos encanamentos das residências, provocado pelo acúmulo de sujeira no fundo do reservatório, que pode entrar pelos dutos. Como prevenção, além da limpeza a cada seis meses, Paulo Breda recomenda que a caixa d’água esteja sempre vedada. “Assim, ainda, evitamos que o reservatório se torne um criadouro do Aedes aegypti, o mosquito transmissor da dengue, da chikungunya e da zika, e que a água tenha contato com outros insetos”, orienta.
A limpeza da caixa d’água é simples e rápida. Segue um passo a passo descomplicado de como higienizar o reservatório:
Reserve os equipamentos: luvas de borracha, escova de nylon nova, balde, panos limpos e água sanitária.
Bloqueie o fornecimento de água: feche o registro do cavalete da entrada de água que vem da rua para abastecer sua caixa; ou, prenda a boia do reservatório para bloquear a entrada da água.
Esvazie a caixa d’água: evite o desperdício. Use a água ainda armazenada na caixa para as atividades cotidianas. Quando restar pouco mais de um palmo de água dentro da caixa, a limpeza pode ser iniciada.
Feche a saída de água: coloque as luvas e tampe a saída que vai para o encanamento para evitar que o material de limpeza desça pelos canos.
Inicie a limpeza: aplique a água sanitária e esfregue o fundo e as paredes da caixa d’água com uma escova de nylon nova e limpa. Só água sanitária já é suficiente. Não use sabão, detergente ou qualquer outro produto na sua caixa.
Enxugue a caixa d’água: com a ajuda de um balde e dos panos, retire toda a água que ainda sobrou na caixa.
Volte a encher o reservatório: abra o registro do cavalete externo ou retire a boia e deixe que a caixa volte a encher de água. Importante: Mantenha tampada a saída de água da caixa para os encanamentos da casa.
Despeje mais água sanitária e libere a saída da água para o encanamento: com a caixa novamente cheia, despeje dois litros de água sanitária para cada 1.000 litros de água. Aguarde duas horas. Durante este período, não utilize a água armazenada. Feche novamente o registro de cavalete e destampe a saída de água da caixa para o encanamento. Deixe que a água desinfetada desça pelo encanamento. Atenção: Essa água não deve ser consumida e só pode ser reutilizada nas descargas e na faxina da residência.
Volte a encher o reservatório: com a caixa novamente vazia, abra o registro do cavalete e deixe que o abastecimento seja retomado.
Reinicie o abastecimento: agora, é só tampar a caixa d’água para evitar a entrada de sujeira e a propagação do mosquito da dengue. Refaça todo o processo dentro de seis meses.