Atenta à crescente demanda por diagnóstico e atendimentos para pessoas com transtornos do espectro autista (TEA), a Secretaria Municipal de Saúde de Cachoeiro orienta a população do município sobre o acesso aos serviços oferecidos por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).
Se há suspeita de TEA (veja sinais mais comuns na lista abaixo), o primeiro passo, instrui a Semus, é procurar uma unidade básica de saúde (UBS), para que o paciente seja avaliado pelo médico generalista (clínico geral).
Esse profissional, a partir dessa primeira avaliação, encaminhará o paciente para consulta com neurologista ou neuropediatra da rede estadual de saúde, que é responsável pela oferta de consultas especializadas.
Confirmando o diagnóstico de autismo, o neurologista dá início ao tratamento, com medicação e encaminhamento para outros atendimentos especializados, como fonoaudiologia, psicologia, fisioterapia e terapia ocupacional.
Em Cachoeiro, esses serviços são prestados pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), por meio de convênio com o governo estadual. A instituição, com apoio da Semus, oferece sessões de equoterapia aos pacientes.
O fluxo de atendimento para pessoas que já tenham diagnóstico de TEA e precisem de serviços de saúde também começa nas UBS. Nesse caso, entretanto, o médico generalista já faz o encaminhamento, diretamente, para os atendimentos especializados oferecidos pela Apae.
“Na Apae, é disponibilizada uma equipe multidisciplinar direcionada a atuar na melhoria da qualidade de vida da pessoa com deficiência, que forma, também, uma rede de apoio à família. A procura por esses atendimentos é crescente, por isso, buscamos, sempre, ampliar parcerias para suprir essa demanda”, conta a presidente da Apae de Cachoeiro, Gabriely Pereira.
“O atendimento à pessoa com TEA é um desafio para o SUS. Enquanto município, temos buscado dialogar de forma permanente com entidades representantes dos autistas, visando o aperfeiçoamento da oferta de serviços”, afirma o secretário municipal de Saúde, Alex Wingler.
Canal de diálogo com cuidadores
Em caso de dificuldades em relação às consultas médicas ou dúvidas sobre os atendimentos oferecidos via SUS para pessoas com TEA, a Semus acaba de disponibilizar um canal para prestar esclarecimentos aos cidadãos. O atendimento é feito de segunda a sexta-feira, das 7h às 16h, pelos telefones 3155-5430 e 3155-5312.
Confira os sinais mais comuns do autismo na criança:
– Atraso na fala;
– Repetição de sons ou movimentos, como bater as mãos e dizer, mais de uma vez, a mesma palavra;
– Baixo contato visual e poucas expressões faciais;
– Preferência por brincar sozinho, especialmente, jogos estruturados e previsíveis;
– Angústia com mudanças, seja um novo alimento ou alteração na rotina;
– Dificuldade em apontar para objetos para demonstrar interesse;
– Hipersensibilidade ao toque, com dificuldade em ser abraçado e encostado;
– Interesse intenso e persistente em itens específicos, como parte de um brinquedo;
– Falta de interesse em outras pessoas e, quando há interesse, esse é inadequado, excessivo e atrapalha o relacionamento;
– Dificuldade para entender e demonstrar sentimentos;
– Impressão de ser surdo por não responder aos chamados, nem do próprio nome.