Muito feliz com o convite da vice-governadora para o encontro no gabinete oficial a capitã Estéfane afirmou que foi muito bem recebida. “Muito bacana este momento de aproximação das mulheres eleitas das outras cidades e também”
por Luciana Maximo /Espírito Santo Notícias
Natural da cidade de Conselheiro Pena em Minas Gerais, Estéfane da Silva Franca Ferreira, 29 anos, é a primeira mulher negra eleita vice-prefeita de Vitória pelo Republicanos. Como muitas mulheres, Capitã Estéfane não teve uma história de conto de fadas. Traz uma origem simples: é filha de um ajudante de pedreiro e a mãe, faxineira. Com menos de 1 ano de idade, chegou à capital do estado e passou toda a infância, adolescência e juventude na região de São Pedro III.
Capitã Estéfane estudou nas creches e escolas públicas municipais, fez o Ensino Médio na Ilha das Caeiras e, aos 18 anos, passou no Concurso da Polícia Militar como soldado. Aos 21 anos se tornou cabo; aos 23 anos se formou e foi declarada Aspirante Oficial; depois segundo tenente, primeiro tenente e capitã, última promoção em 2019.
“Antes de ingressar na polícia, aos 14 anos, eu era manicure; aos 16 anos fiz estágio no Instituto Jones dos Santos Neves e trabalhei como telemarketing na Citroen”, relatou.
A chapa vitoriosa
Com o olhar focado no próximo, capitã Estéfane aceitou o convite do Pazolini para compor a chapa, após avaliar e entender que a política pode mudar a vida das pessoas e melhorar as condições de uma realidade.
Pazolini a convidou para compor com ele a chapa por conta de um amigo em comum: “e esse amigo, quando falou da pessoa que ele precisava, este amigo me indicou. Ele me fez o convite, eu avaliei, entendi que seria positivo porque eu tenho oportunidade de fazer algo maior e que pudesse alcançar as pessoas, não somente a mim e à minha família para se alcançar a coletividade”.
“Eu estou muito feliz por ser a primeira vice-prefeita negra da capital. Antes de mim teve a Luzia Toledo que foi vice do Luís Paulo, mas ela é branca. Eu, além de ser negra, venho de uma classe social menos abastada. Para mim, é uma honra, é um privilégio. Eu me sinto muito feliz em poder representar as mulheres, poder representar as pessoas negras, a juventude, poder representar as pessoas que são de uma classe social menos favorecida e representar toda a sociedade, das pessoas terem confiado esse voto a mim”.
Lado a lado com o prefeito
Como vice-prefeita, Capitã Estéfane pretende atuar de forma bem contundente e eficaz: “fazendo um trabalho real, não sendo uma figurante, dialogando com o prefeito, com os secretários, com a comunidade e tomando ações que possam realmente impactar a vida das pessoas; propor projetos e políticas públicas nas diversas áreas que a cidade precisa”, ressaltou.
Com uma visão política mantendo uma sintonia com Jacqueline Moraes, Capitã Estefane destacou que vice-prefeito não é um cargo apenas para substituir o prefeito.
“É um profissional indispensável. É a pessoa que ajuda nas tomadas de decisões, que vai colaborar na fiscalização, na coordenação das secretarias, que vai ser também um auxílio para ouvir a comunidade, enfim: os dois têm de caminhar lado a lado para que seja possível executar um trabalho de maior amplitude, até porque duas pessoas pensam melhor do que uma”, disse.
Sensacional
Numa avaliação sobre a recepção no Palácio da vice-governadora, Capitã Estéfane achou sensacional. “Foi muito bom conhecer a história de vida dela, uma pessoa muito cativante, simpática, uma pessoa que tem uma empatia muito boa. Senti-me muito honrada. Fui muito bem recebida por ela, foi muito bacana este momento de aproximação das mulheres eleitas das outras cidades e também, a vice-governadora é uma pessoa que nós com certeza teremos que dialogar, é muito positivo. Fico feliz pelo convite dela, recepção e maravilhada pela história de vida e a forma acolhedora e carinhosa dela de nos receber. Foi muito positivo. Eu amei o momento com ela e as demais colegas”.