A pandemia do coronavírus (covid-19) tem preocupado a saúde financeiras das famílias e das empresas. No setor de Transformados Plásticos, o impacto é distinto em suas diferentes áreas. Enquanto algumas empresas aumentaram a produção, com a fabricação de embalagens para produtos de higienização e Equipamento de Proteção Individual (EPI), outras sofreram um impacto significativo no faturamento, devido ao fechamento do comércio e ao isolamento social.
Uma estratégia financeira eficaz, diante do cenário imprevisível, tornou-se fundamental para a sobrevivência de muitas organizações. O tema foi debatido em uma live promovida pelo Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado do Espírito Santo (Sindiplast-ES) no dia 30 de abril, com um bate-papo entre o presidente do Sindicato, Jackley Maifredo, e o diretor da Fortlev, Marllon Maykow.
Com a temática “Estratégias e superação em tempos de pandemia”, a discussão com transmissão ao vivo pelo aplicativo Zoom, foi direcionada aos associados, a fim de apresentar a experiência de uma empresa que é referência no setor e oferecer orientações para o empresário planejar a melhor estratégia para enfrentar os desafios vindos com a pandemia.
“O impacto do coronavírus nas empresas é financeiro e também emocional. Nossos associados estão buscando meios para não precisar dispensar profissionais, mas muitos já estão solicitando auxílio ao Núcleo de Acesso ao Crédito (NAC) da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes). Se o comércio não funciona, a indústria também paralisa. Nosso diálogo destacou especialmente a necessidade do empresário se precaver e ter um planejamento para momentos como esse. Todo empresário deve ser também um vendedor”, afirmou o presidente do Sindiplast-ES, Jackley Maifredo.
O gerente de produção da Plasvit, Hudson Temporim Moreira, foi um dos participantes da live. Ele destaca que a produção de tampas para água mineral e frascos para cosmético, principais produtos da empresa, não resistiu aos primeiros meses da pandemia, com a empresa tendo uma queda de 35% no faturamento de abril e previsão de declínio de 60% para os meses de maio a julho. Para manter o funcionando e evitar demissões, a empresa colocou parte dos colaboradores de férias, adotou a suspensão temporária de contrato de trabalho e vem operando em horário reduzido, adotando as medidas de segurança necessárias e distribuindo kits de limpeza e higiene para os profissionais.
“Quando reduzimos a carga horária, diminuímos também os custos fixos com energia, água, vale transporte e outros. Permanecendo este cenário, nós devemos colocar outros colaboradores em suspensão temporária de contrato de trabalho e estamos estudando solicitar um empréstimo para atender à folha de pagamento. Achei pertinente o Sindiplast-ES promover o debate com este tema, pois foi importante ouvir de uma grande empresa, como a Fortlev, alguns ensinamentos e recomendações, especialmente no que se refere ao controle dos gastos e o gerenciamento dos colaboradores”, concluiu o gestor.
Ações emergenciais e providências que podem ser adotadas pelas indústrias
A fim de orientar os empresários da indústria sobre as possibilidades que a legislação do trabalho propicia para a minimizar os impactos decorrentes da pandemia de coronavírus, a Findes divulgou um informe estratégico com ações emergenciais e providências que podem ser adotadas pelas indústrias. O conteúdo pode ser acessado pelo link https://bit.ly/3df6RjX.
Dentre as possibilidades apontadas pelo informe, estão:
· Acordos e convenções coletivas de trabalho.
· Flexibilização com a adoção do banco de horas para compensação das faltas ao serviço em decorrência da paralisação do trabalho motivada pelo surto de coronavírus.
· Flexibilização com a adoção de escala de revezamento da jornada de trabalho.
· Teletrabalho.
· Flexibilização com a redução dos salários durante o período da pandemia.
· Concessão de férias coletivas.
· Seguir as recomendações do Ministério da Saúde para a prevenção do coronavírus.