Policiais civis e militares do Espírito Santo ainda estão tentando identificar e capturar o responsável (ou responsáveis) pelo pior ataque a escolas já registrado no Estado. Nesta sexta-feira (25), pela manhã, duas escolas do município de Aracruz foram alvo de atentados que deixaram um saldo de três mortos e nove feridos.
Os disparos aconteceram por volta das 9h30 na Escola Estadual Primo Bitti e, em seguida, numa escola particular na mesma via, em Praia de Coqueiral, a 22 km do centro da cidade.
Segundo fontes policiais, seria um jovem o autor dos disparos, mas, até o momento, a identidade do atirador não foi divulgada. Essa mesma fonte relatou que o jovem invadiu a escola estadual com uma pistola e fez vários disparos assim que entrou no estabelecimento de ensino. Depois, foi até a sala dos professores e fez novos disparos. Na unidade, duas pessoas foram mortas.
Na sequência, o atirador deixou o local em um carro tipo van (Renault Duster), identificado por câmeras de segurança, e seguiu para a escola particular Centro Educacional Praia de Coqueiral, que fica na região. A placa do veículo, entretanto, foi tampada com plástico pelo atirador para dificultar sua identificação. Na unidade, ele deixou cinco pessoas feridas e uma pessoa morta.
A polícia faz buscas na região. Os nomes e a idade das vítimas do ataque não foram divulgados, mas sabe-se que entre elas estão professores das escolas. Segundo os bombeiros, algumas tiveram de ser resgatadas de helicóptero para o hospital. No corre-corre provocado pelo tiroteio, um motociclista acabou também sendo atrolelado.
Dado do Censo Escolar de 2021 revelam que a escola Primo Bitti tem cerca de 500 alunos matriculados. O governo estadual não confirmou quantos alunos estavam no local no momento do atentado.
Em uma publicação no Twitter, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), confirmou que as escolas tinham sido invadidas e que acompanhava a investigação. Casagrande ordenou o deslocamento dos secretários estaduais de Segurança e de Educação para Aracruz, a fim de acompanhar os trabalhos de investigação e de apoio às vítimas.