Uma tentativa de latrocínio orquestrada nos mínimos detalhes transformou as férias de uma família mineira em um verdadeiro pesadelo. O crime ocorreu no dia 9 de julho do ano passado, no bairro Parque Jacaraípe, na Serra, Espírito Santo, e envolveu uma quadrilha que chegou a ameaçar levar um bebê de seis meses para forçar o pagamento de resgate. A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES) concluiu o inquérito e detalhou, em coletiva de imprensa nesta terça-feira (25), a prisão dos cinco envolvidos.
Um plano calculado
A trama começou quando um turista de Timóteo, Minas Gerais, entrou em contato com um conhecido no Espírito Santo, identificado como Gabriel, para pedir indicação de hospedagem. O que ele não sabia é que Gabriel e seu irmão, Jonathan, já haviam arquitetado um assalto com a participação de uma mulher chamada Elisângela, dona da casa onde os turistas ficariam. O plano incluía facilitar a invasão da residência, identificando quem tinha mais dinheiro e, se necessário, usar a criança de seis meses como refém para extorquir as vítimas.
Na madrugada do crime, dois homens, Valclides e Davi, entraram na casa sem dificuldades, pois o cadeado havia sido deixado aberto conforme combinado. Armados, renderam os turistas e os amarraram, separando as mulheres dos homens. Sob violência física e ameaças, exigiram transferências via Pix, que não foram concretizadas.

Diante da resistência das vítimas, um dos criminosos recebeu uma ordem para pegar o bebê de seis meses. Foi o estopim para que o pai da criança, mesmo amarrado, reagisse em um ato desesperado. O criminoso então efetuou três disparos, atingindo a perna da vítima.
Após o fracasso do plano inicial, os criminosos tentaram fugir levando o carro das vítimas. No caminho, atacaram um amigo do turista baleado, atingindo sua cabeça com uma pedrada. O veículo, porém, quebrou após poucas ruas.
Durante a fuga, os criminosos cruzaram com um vigilante que percebeu a movimentação suspeita e tentou averiguar a situação. Sem hesitar, um dos assaltantes apontou a arma para sua cabeça e tentou atirar. O disparo falhou. O vigilante correu, e os criminosos atiraram mais duas vezes, mas erraram o alvo.
A sorte evitou mais uma tragédia.
Prisões e desfecho da investigação
O desfecho da operação foi rápido. No mesmo dia, pela manhã, Gabriel e Jonathan foram presos pela Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), enquanto o Departamento Especializado em Investigações Criminais (Deic) identificou os executores Valclides e Davi. A investigação também desmascarou Elisângela, que havia se passado por vítima, mas na verdade havia planejado o crime junto com os irmãos.
Com base nas provas coletadas, incluindo imagens, análises de celulares e depoimentos, os cinco suspeitos foram presos preventivamente. Eles responderão por tentativa de latrocínio, roubo qualificado e tentativa de homicídio contra o vigilante.


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