Segundo o ministro da Saúde, Brasil já adotava as medidas emergenciais e, por isso, protocolo não muda
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou que a Organização Mundial da Saúde (OMS) “demorou” para reconhecer o novo coronavírus como uma pandemia. Segundo o chefe da pasta, a declaração tardia influenciou muitos países a também postergaram a adoção de protocolos mais rígidos de combate à doença.
“A OMS demorou para decretar a pandemia e isso fez com que muitos países ficassem procurando nexo para seguir um protocolo rígido como foi o caso da Itália que, quando percebeu, já se tinham casos com espiral acentuada”, declarou Mandetta.Continua depois da publicidade
Apesar do anúncio de disseminação global do Covid-19, o Brasil continua com o protocolo emergencial nacional. “Ainda não temos transmissão sustentada, mas devemos ter”, previu Mandetta. Neste caso, quando a doença atingir cinco linhas de transmissão e passar a ser comunitária, haverá mudanças nas medidas de contenção, sendo feita por amostragem e restringindo a realização dos testes apenas para os casos mais graves.
Casos no Brasil
Até a última atualização, o Brasil tinha 35 casos confirmados de coronavírus, sendo dois no DF. Os outros estão em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Alagoas, Bahia e Rio Grande do Sul. O primeiro caso no país foi confirmado em 26 de fevereiro, em São Paulo. Até agora, o Brasil não tem mortes pela doença e o único caso grave está no DF, com a paciente internada no Hran.
Crítica
O pronunciamento de Mandetta foi dado durante a Comissão-geral para debater o tema na Câmara dos Deputados. Na ocasião, ele também criticou o comportamento adotado pelo casal do DF que teve confirmação para o novo coronavírus.
“É um episódio lastimável desse cidadão de Brasília que viaja, demora a ir com a mulher em uma unidade de saúde e, quando vai, atesta positivo. Depois, se recusa a fazer isolamento, a se testar a ponto de ter que pedir ordem judicial. Se nós formos para esse quadro, com esse tipo de comportamento, será muito difícil não termos curvas de ângulo muito agudo”, afirmou.
O único caso grave da doença no Brasil é da paciente do DF internada no Hran. Segundo a Secretaria de Saúde, ela está apresenta síndrome respiratória aguda severa e respira por suporte ventilatório. fonte: correiobraziliense