Na volta ao cargo, Ricardo garante que o lixo é a principal foco da gestão, depois o verão, e sintonizar com os atos de última hora da prefeita Martha
por Luciana Maximo / espiritosantonoticias
Até as 18h00 fica a apreensão se o prefeito de Piúma-ES, Professor Ricardo Costa volta ao comando da prefeitura após os 90 dias de afastamento. Ele falou rápido com a Reportagem dizendo que se voltar o primeiro passo é entender o que foi feito nos dias de sua ausência, que atos foram tomados, em seguida vai articular um mutirão para deixar a cidade limpa, sem lixo e tocar as obras que foram interrompidas.
Ricardo parece calmo, disse que vai arrumar a casa e fazer o dever direitinho. Aguarde a entrevista com ele, daqui a pouco, caso ele retorne mesmo ao comando da Prefeitura de Piúma-ES. “Está tudo muito confuso, existe uma movimentação do grupo de dona Martha em Vitória para tentar impedir a minha volta e aqui, estão tentando fazer tudo que não fizeram para cair sobre eles o ônus. Vamos entender tudo que está acontecendo, antes de dar qualquer passo. O lixo é nossa prioridade e o verão. Depois vamos acelerar e colocar a casa em ordem”, falou rapidamente Ricardo.
O clima é tenso na Cidade das Conchas, na prefeitura uma movimentação acima do normal, os servidores que foram nomeados estão com o coração na mão, e o grupo e Ricardo aguarda ansioso a sua volta, o e Martha com desespero, caso ela deixe a cadeira que sentou por 90 dias.
O prefeito José Ricardo foi afastado por força de investigação relacionada à Operação Rubi após uma delação premiada sobre irregularidades em contratos, feita ao Ministério Público (MPES), que não foi comprovada nas investigações.
De acordo com o advogado de Ricardo, Dr. José Peres Araújo o inquérito não comprovou nada, apontando o empresário Marcelo Marcondes, dono da empresa Limpeza Urbana, que presta serviços à Prefeitura, como autor da acusação sem fundamento.
Segundo o advogado, o nome de José Ricardo da Costa foi envolvido na Operação Rubi, deflagrada pelo Ministério Público em maio e outubro de 2019, que resultou na prisão da prefeita do município de Presidente Kennedy, Amanda Quinta (PSDB). A partir desse evento, também passaram a ser investigados os mandatários de Marataízes, Jaguaré e Piúma.
O afastamento do prefeito ocorreu em outubro de 2019 e durou o prazo estabelecido para as investigações. Os agentes apreenderam documentos nas residências dos investigados.
Foram cumpridos dois mandados de afastamento funcional de agentes públicos, quatro de proibição de acesso às dependências de órgãos públicos, e doze de busca e apreensão pelos agentes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), sendo três em Piúma, dois em Linhares, um em Vila Velha, dois em Cariacica, um em Cachoeiro de Itapemirim e três em Anchieta.
Durante o período de afastamento, esteve à frente da prefeitura, a vice-prefeita, Martha Scherrer (PEN). A substituição foi decidida por medida cautelar sigilosa da Justiça, expedida pelo desembargador Fernando Zardini, da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo, que determinou o afastamento.