*por Arlindo Pinheiro Neto
A Humanidade produz seus gênios. São pontos fora da curva que transbordam e transformam a maneira como vivemos e compreendemos o mundo. A Santa Inquisição andou queimando alguns ou forçando a negação de suas descobertas para não virarem churrasco. Galileu Galilei teve de negar sua descoberta de que a Terra girava em torno do Sol e não o contrário.
Nomes como Freud, Darwin, Newton, Einstein e Shakespeare ganharam merecidamente o título de “Pai” de suas respectivas áreas de atuação. No Brasil, nomes como Santos Dumont, Pelé, Senna e Zé das Couves foram imortalizados por sua genialidade.
No futebol, tivemos também tivemos alguns “pais”. O Dario “Peito de Aço”, ou Dadá Maravilha, como alguns preferem, foi o progenitor da paradinha no ar. Segundo se gabava, fazia como o beija-flor na hora de cabecear a bola, desafiando Newton e a sua força da gravidade. Tem ainda o Didi, pai do chute “folha-seca”, e por aí vai…
Particularmente, o José é meu favorito. Sabia quando ia chover só olhando o balé das andorinhas. Identificava a direção do vento introduzindo o dedo indicador na boca, molhando-o com sua saliva. Respirava fundo e profetizava: vai entrar um Nordeste. E não é que dava certo!
Tinha surfista, como ele, que não saía de casa antes de consultar o Zepelin, para os íntimos. Faziam outras coisas também, mas ligavam para o Zé para saber se ia dar onda ou só marola palha. Certa vez foi convidado pela NASA para proferir uma palestra aos cientistas e militares, todos com PHD, uma espécie de intercâmbio científico. Foi não. Poliglota, respondeu polidamente em Aramaico antigo que só iria se a Nasa fosse logo ali, no Havaí.
Zezé era phoda.