O Departamento de Ciências Florestais e da Madeira da UFES (DCFM/UFES) tem se destacado cada vez mais nos cenários regional, nacional e agora internacional. No contexto local, o referido departamento vem desenvolvendo uma série de projetos de interesse do Estado do Espírito Santo, especialmente na região sul, que envolvem o aumento da produção de renda do pequeno produtor rural, a proteção e recuperação de solos degradados, de espécies ameaçadas de extinção, do melhor manejo e produção de água, melhor uso e ocupação do solo, projetos de fixação de carbono, entre muitas outras possiblidades de retorno.
Apenas nos últimos dois anos, foram captados mais de três milhões de reais em projetos que se revertem em ganhos locais. Além disso, os cursos e treinamentos oferecidos em todos os níveis, desde cursos de curta duração, até cursos de graduação, mestrado, doutorado e treinamento em nível de pós-doutorado, tem proporcionado aos jovens capixabas uma excelente fonte de oportunidades, o que reflete não só no ganho pessoal das pessoas almejarem um futuro mais promissor, mas também ganhos coletivos na medida em que os processos produtivos se tornem cada vez mais eficientes.
É totalmente possível quantificar quantos egressos deixam a universidade e se encaixam ou até mesmo criam empresas que passam a funcionar de uma forma muito mais efetiva, com soluções mais inteligentes. Este é um bom exemplo de como o conhecimento pode trazer desenvolvimento de uma forma muito construtiva.
No contexto nacional, o DCFM/UFES é cada vez mais reconhecido e vem cada vez mais aumentando suas parcerias e inserções. A título de exemplo, o Programa de Pós-graduação em Ciências Florestais, mesmo sendo ainda bem jovem, alcançou o nível 5 da CAPES, algo alcançado por apenas cinco cursos no Brasil.
Por último, no contexto internacional, o DCFM tem investido cada vez mais na sua inserção internacional. Isso tem ocorrido de diversas formas, por exemplo com o envio de seus docentes para treinamento no exterior, com a consolidação de parcerias com grupos de pesquisa internacionais, com o envio de estudantes para a realização de doutorado sanduíche ou para outro tipo de treinamento.
Um ótimo exemplo deste tipo de inciativa é a realização do “Primeiro Seminário Internacional de Sensoriamento Remoto Aplicado à Mensuração Florestal”, que deve ocorrer entre os dias 20 e 22 de junho de 2023 (maiores detalhes no site https://remoteforestbrazil.com.br/). A ideia de realização do referido seminário surgiu de uma parceria existente entre o DCFM/UFES, por meio de seu laboratório de Mensuração e Manejo Florestal, a universidade de Maine nos Estados Unidos, Budapest University of Technology and Economics e a Universidad Tecnológica Indoamérica do Equador.
As instituições mencionadas atualmente desenvolvem alguns projetos de pesquisa em conjunto, sendo um deles apoiado pelo CNPq, cujo foco principal é a pesquisa de novas metodologias apoiadas fundamentalmente no sensoriamento remoto buscando aprimorar a realização de inventários florestais, de modo a torna-los mais rápidos, com menor custo, mais acurados e com um nível de informação mais detalhado.
Com o intuito de divulgar alguns resultados de pesquisa dentro do próprio grupo, ponderou-se que seria mais produtivo compartilhar as informações com os pares em uma escala maior, envolvendo não só grandes expoentes da academia, mas também técnicos que trabalham com este tema em grandes empresas ou instituições e que podem somar as suas experiências no sentido de caminhar na direção de desenvolver soluções inovadoras e efetivas em resolver problemas do mundo real.
Só para se ter uma ideia da relevância deste evento, já confirmaram presença, além de grandes expoentes de universidades brasileiras, dois representantes de dois importantes laboratórios da NASA, um pesquisador da University of British Columbia, uma das mais importantes do Canadá, pesquisadores de importantes centros de pesquisa na Europa e na América Latina. Também já confirmaram presença importantes empresas brasileiras, como a SUZANO S/A, BRACELL, ELDORADO BRASIL CELULOSE, CANOPY REMOTE SENSING SOLUTIONS.
Sendo assim, espera-se que o evento possa produzir um extraordinário intercâmbio de ideias e pessoas, além de gerar soluções na fronteira do conhecimento, bem como de promover novas parcerias e aumentar ainda mais nossas capacidades de parcerias. Sobre o que seja sensoriamento remoto e suas aplicações na mensuração florestal, este é um assunto para um próximo bate papo.