por Wanderley Moraes
Dinheiro público tem dono sim, e é o povo! Se ele está sob guarda da Câmara ou da Prefeitura Municipal, pouco importa, o fim é o mesmo. Deve voltar pra quem é o dono de direito.
Prestadores de serviço e fornecedores da saúde estão sem receber em Guaçuí porque faltam fundos nos cofres públicos, mas sobram nos cofres da Câmara, dinheiro mais do que suficiente para pagar essas dívidas e cumprir com todas as obrigações da própria Casa de Leis.
A sobra do duodécimo, que é um valor fixo repassado mensalmente ao Legislativo, tem que, obrigatoriamente, a cada ano, ser devolvido ao Executivo até o dia 31 de dezembro. No entanto, podem ser feitas devoluções esporádicas quando é necessário e isso acontece todos os anos.
Agora, qual a justificativa que o presidente Valmir Santiago tem para se recusar a devolver esses valores? Valores esses que são recursos ordinários, ou seja, recursos que podem ser usados pelo Executivo do jeito que quiser. Ele pretende guardar esse dinheiro para o próximo prefeito, que ele apoiou, do seu mesmo partido? O nome disso é politicagem.
Eu fui eleito pelo povo, por vocês, e nunca deixei meus valores para receber favores de um ou outro político, pelo contrário, sempre fui perseguido, assim como quem ousava me apoiar. Fui vaiado, ameaçado e não pensem que nunca tentaram me comprar, que nunca me ofereceram vantagens, aconteceram várias vezes, mas meu compromisso não é com políticos, é com quem me elegeu, com quem confiou em mim.
Infelizmente, nem todos pensam ou agem assim e atuam contra a população.
Como as contas chegaram nessa situação? Não importa, deixo a cargo do Tribunal de Contas julgar. O que interessa agora é que profissionais, famílias, estão sem receber, contas atrasadas, planos adiados… e o presidente da Câmara tem o poder pra resolver esse problema e não faz porque não quer.
Cobrem!
Wanderley Moraes é vereador em Guaçuí