O prefeito de Cachoeiro, Victor Coelho, mudou a estratégia. Não sei se de caso pensado ou por puro instinto de sobrevivência política, característica de quem já criou casca nessa seara. Seus últimos movimentos mostram que entendeu que a briga de cozinha pela escolha do seu sucessor estava lhe custando caro.
Com um caminhão carregado de obras para entregar, muitas delas, talvez as mais importantes, já em fase de conclusão, desviar o foco não estava contribuindo. Nem para ajudar seu grupo político e muito menos para atrapalhar seus adversários, que estão engordando.
Vovó Alba sempre dizia na hora do almoço, quando reclamávamos do tamanho do bife alheio: “Olha pro seu prato, menino!”. Victor resolveu olhar para o próprio prato. E percebeu que estava cheio e sortido, mas esfriando. Era hora de se alimentar daquilo que plantou e renovar as energias.
Faço esta analogia porque vejo o prefeito emplacando uma agenda positiva, indo aos bairros onde já fez entregas para conversar com as pessoas. Tem muita rua pra visitar, especialmente nas comunidades menos favorecidas, onde fez drenagens, pavimentações, postos de saúde, áreas de lazer, estas coisas que fazem o sujeito ficar de boa na lagoa.
Deixar sua marca, fazer o cachoeirense entender o propósito de seu governo, nesse momento, me parece ser sua prioridade. Ele ainda tem um ano inteiro para fazer isso, mas é bom que tenha começado logo. Tem muito o que mostrar, visitar e conversar.
A marca “Victor” tem liga, pode e deve ser bem trabalhada. Poucos prefeitos fizeram tantas obras quanto ele, não só estruturais, mas de excelência de gestão. Não à toa o município é considerado o mais transparente do Espírito Santo por órgãos do governo federal e também por aqueles privados, como o ES em Ação e o Transparência Capixaba.
Não é pouco, pois é com transparência e boa governança que se fecha a porta da corrupção. Num país traumatizado pela roubalheira generalizada assistida nos escândalos do Mensalão e do Petrolão, passar o cadeado é sempre bom negócio. Nunca se sabe o que vem por aí.
Até!