Com sede e fome, boto os pés na estrada e vou. No meu encalço, sem modéstia, a insegurança tenta minar a minha coragem e mudar a minha decisão.
Pelo caminho escuto gritos preocupados de conhecidos. Ecos teimosos tornam a me chamar. São conselheiros bondosos de opiniões formadas e de bons costumes.
Só e sem conhecer as estradas que vou atravessar, sigo sem escutar quem não caminha. Com medo e decidido, vou atrás de mim. Ficar e viver por conveniência é cômodo. A angústia conflita e te põe a caminho.
Me achando e perdendo, sigo meus passos. Sem aconchego dos amores, o tempo passa sem pressa. Recostado na sombra silenciosa e experiente, o Senhor Jequitibá me diz: – A solidão te acompanha na multidão.
Depois de andar comigo na escuridão, levantado, o amigo sol humildemente se abaixa e fala ao meu coração: – Tenho escutado o seu silêncio. Fica de boa. Tudo vai ficar bem.